A sexta edição da pesquisa “Pessoas em situação de rua em Maringá: desconstruindo a invisibilidade” começou na noite da última terça-feira (7). A atitude é realizada pelo Observatório das Metrópoles – Núcleo UEM/Maringá, em parceria com o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop), serviço de atendimento à população de rua da Prefeitura de Maringá.
O estudo tem como finalidade identificar a quantidade de pessoas em situação de rua no município e auxiliar a criação de políticas públicas para essa população.
As primeiras cinco edições da pesquisa foram entre 2015 e 2019. Depois da suspensão ao longo da pandemia de coronavírus, o trabalho foi retomado neste ano com aproximadamente 50 pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação de distintos cursos da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A coordenação é da professora Marina Silva Cunha, do Departamento de Economia da UEM.
Os pesquisadores partiram a pé da Praça Raposo Tavares, na Zona 1. Eles se dividiram em equipes para entrevistar a população em situação de rua de Maringá. No total o trajeto percorrido atingiu sete áreas diferentes do município.
A vereadora Professora Ana Lúcia acompanhou o primeiro dia de pesquisa. Para ela, “é um diagnóstico que subsidia o poder público na execução de ações em favor dessa população. Fazer parte desse processo, representa meu comprometimento em responder a este grave e complexo problema social”, diz.
Ana Lúcia representa a Câmara no Comitê Intersetorial da Política Municipal para População em Situação de Rua Cláudio Aparecido Lopes – CIAMP-Rua. A parlamentar acredita que o passo mais importante a ser dado para superação dessa problemática é a implementação de uma política municipal. “A minuta da proposta de lei da Política Municipal para População em Situação de Rua elaborada no CIAMP-Rua, que reúne representantes da sociedade civil e órgãos públicos, foi entregue à Prefeitura em agosto de 2022. Precisamos que a proposta seja apresentada na Câmara, para que sua aprovação e efetivação em lei, possa desencadear ações nas mais diferentes áreas, como saúde, educação e moradia, com a finalidade de que as pessoas possam superar a condição de rua. E o censo realizado a cada ano em Maringá poderá contribuir para o aprimoramento desta política.”
A pesquisa segue até a próxima semana, com a visita dos pesquisadores a 22 instituições de acolhimento. A expectativa é de que os primeiros resultados sejam publicados até o final deste mês.
Da Redação
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