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Saúde promove mutirões para diminuir filas

Até o final do ano sete mutirões e edições mensais do ‘Espaço Saúde’ estão previstos em Maringá. No último sábado, no decorrer do ‘Espaço Saúde’ foram feitos 100 exames de eletrocardiograma. Já neste final de semana, no dia 29, haverá um mutirão no Hospital Municipal para consultas de urologia e ortopedia, além da realização de endoscopia, ultrassom e eletrocardiograma. Somente neste dia, serão 400 procedimentos.

Consequentemente, o município também ofertará atendimento gratuito para 250 pacientes com ceratocone, inclusive com encaminhamento para cirurgia, em parceria com um oftalmologista de uma clínica particular.

Segundo o secretário de Saúde, Clóvis Melo, o objetivo é diminuir as filas de espera, pois existem pacientes que aguardam há anos por um procedimento.

Os pacientes que aguardam pelos procedimentos e serão atendimentos nos mutirões devem ser comunicados pela Secretaria de Saúde.

FILA DE ESPERA

Milhares de pessoas estão na fila de espera por consultas especializadas e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Maringá. Diante disso, a prefeitura pretende agilizar os atendimentos.

De acordo com a Secretaria de Saúde são 70 mil indivíduos que aguardam por consultas especializadas. 12 mil esperam por cirurgias eletivas na Cidade, sendo que a maioria é com o ortopedista. Já para exames, são 40 mil pessoas. 4 mil moradores aguardam fisioterapia.

Os últimos dois anos tem sido difíceis para a zeladora Andreia Oliveira Duarte Malaquias. Ela está afastada do trabalho devido a um problema no tendão do ombro. Por isso, não consegue usar o braço direito. “A cada dia a dor piora, fico só a base de remédio e aplicação. Eu não pego nada no braço, dói muito. O outro também está começando doer, porque faço força no outro agora”, diz.

O pedido para cirurgia dela é de fevereiro de 2021 e o médico estabeleceu alta prioridade. Segundo Andreia, a prefeitura até hoje não deu previsão para o procedimento. Então, resolveu ligar no 156 em busca de informações. “Falaram que ia ter um mutirão no começo desse ano, mas até agora nada. Ninguém me mandou mensagem. E eu estou aqui, cada dia piorando o meu braço. “

Assim, a Secretaria de Saúde informou que está entrando em contato com os pacientes agendados para saber qual é a situação atual deles, se ainda estão precisando dos procedimentos. O trabalho é feito por telefone e também pelos agentes de saúde que visitam as casas dos pacientes.

Segundo o secretário de Saúde, Clóvis Melo, a prefeitura aumentou em 35% a capacidade de serviços no Hospital Municipal. A Cidade ainda ampliou contrato com prestadores de serviço e com o consórcio Cisamusep, entre os municípios da região.

Dessa forma, duas situações serão levadas em conta para atender os pacientes que estão na fila. “A primeira dinâmica é a ordem cronológica de entrada, então quem entrou primeiro em tese é atendido primeiro, mas tem a segunda dinâmica que são as prioridades. Então, quando o médico faz a ficha encaminhando para a consulta, exame e para a cirurgia, ele coloca prioridade alta, média ou baixa. Juntando cronologia com prioridade, esses são atendidos primeiro”, explica o secretário.

O intuito é agilizar a realização dos procedimentos e diminuir o sofrimento de quem segue na espera. “Em seis meses a gente espera ter reduzido a níveis aceitáveis o tempo de espera pela fila. O desejo pessoal é que a gente consiga trazer toda essa fila para a metade de 2022 e começo de 2023, porque temos fila de 2021, 2020. Queremos limpar essas pessoas que estão a mais tempo para que a gente entre numa fila de um ano e depois ir reduzindo para seis meses e para tempos cada vez mais razoáveis”, afirma Melo.

Conforme a prefeitura, outro problema que dificulta a fila andar é a ausência das pessoas que marcam os procedimentos e não aparecem, sendo 20%.

Maynara Guapo
Foto – Reprodução

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