É comum encontrarmos em Maringá pontos irregulares de descarte de lixo e outros materiais. Consequentemente, a falta de conscientização com o meio ambiente causa prejuízos para toda a sociedade, pois além do custo para limpar esses locais também existe o risco de proliferação do mosquito da dengue.
Dessa maneira, nos fundos de vale passam riachos, pequenos córregos e nascentes, importantes para o abastecimento do lençol freático, que leva água até os mananciais, onde é retirado água para beber, entre outras utilidades domésticas.
Na Cidade, são mais de 80 pontos de descarte irregular. Muitas vezes são áreas que a prefeitura limpa e logo no outro dia já estão sujas novamente. Em vista disso, nos primeiros quatro meses deste ano foram mais de 1800 m² de cercamento nas áreas de preservação permanente, isto é, a prefeitura está colocando alambrado para evitar que as pessoas joguem lixo nos locais.
Para a presidente do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Juliane Kerkhoff, apesar do município ter vários programas de buscar o móvel usado em casa e o de destinação apropriada, as pessoas ainda continuam jogando entulho e lixo em fundo de vale. “A gente tem problema com dengue, a paisagem não é adequada. Nós estamos cercando para a questão da acessibilidade para proteger o fundo de vale, diminuindo a situação de descarte”, diz.
Em alguns casos, moradores de outros municípios fazem o descarte irregular de entulho e lixo nas áreas de Maringá. Diante disso, a Secretaria de Limpeza Urbana tem trabalhado para fazer a limpeza dos lugares.
Segundo o secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo de Lima Ribas, é um trabalho que exige muito recurso da Cidade e que não seria necessário se houvesse a conscientização das pessoas. “A nossa dificuldade é identificar essas pessoas, porque recebemos a denúncia, mas muitas vezes não vem a placa do veículo, a foto ou vídeo. Quando tem algum fiscal no local, vão para outro espaço. De qualquer forma, nós pedimos para a população se ver alguém descartando de forma irregular, tentar pegar a placa ou fazer uma foto ou vídeo, aí essa pessoa vai ser multada, porque é um crime ambiental grave.”
Quem ver uma situação de descarte irregular de lixo e quiser denunciar, o telefone é o 156.
Maynara Guapo
Foto – Reprodução