O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) fechou o primeiro semestre de 2023 ultrapassando a marca de R$ 2 bilhões (R$ 2,133 bilhões) em operações para novos investimentos. Com um crescimento nominal de 34,5% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado (R$ 1,586 bilhão), o volume de contratações é o maior que o banco já registrou para o período.
No Paraná as operações alcançaram R$ 851 milhões, o que corresponde a 39,9% do valor total. No ano passado, no mesmo período, as contratações atingiram R$ 698 milhões no Estado.
A projeção do BRDE é de contratar até o final do ano R$ 4,1 bilhões nos estados em que atua na região Sul, sendo R$ 1,5 bilhão no Paraná.
O setor de comércio e serviços representou 39% do montante operado no Paraná. A indústria vem logo em seguida, com 26,5%. Isso se expressa em financiamentos via Finame (Agência Especial de Financiamento Industrial), que teve o total de R$ 180,5 milhões de recursos investidos em projetos para produção e aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação.
Outro fundo, que teve R$ 126,7 milhões repassados para projetos de inovação, foi o da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), destinada ao fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. O BRDE é o maior repassador nacional de recursos Finep.
“Contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Sul é a direção tomada pelo BRDE”, afirmou o diretor representante do Paraná, Wilson Bley Lipski. “Entretanto, o banco em seu novo posicionamento de abrir um diálogo com a sociedade, pulverizar e customizar o crédito, estreitar relações com o poder público e privado, se integrou às necessidades do mercado, e deu um salto na promoção de investimentos para geração de empregos, na diversificação de fundos e especialmente na realização de sonhos em projetos”.
O BRDE constrói uma jornada como Banco Verde, a partir de características de seus financiamentos, dirigidos à sustentabilidade. Cerca de 78% de suas operações em todo o Sul estão alinhadas a pelo menos um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e já totalizam R$ 1,6 bilhão em “negócios verdes”.
Entre os temas estão sustentabilidade e proteção da água; prevenção e controle de poluição; proteção e restauração da biodiversidade; mitigações e adaptações às mudanças climáticas; transição para uma economia circular; agropecuária resiliente e sustentável; e equidade e inclusão econômica e cidadã.
A criação do Fundo Verde e de Equidade, outra novidade, permitirá apoiar projetos de pesquisas para iniciativas pautadas no desenvolvimento socioambiental, por meio de edital.
Outro destaque no primeiro semestre deste ano é para o volume de financiamentos a partir da política de diversificação de fundings do banco. Ao todo, nos primeiros seis meses do ano, o BRDE contratou R$ 381 milhões com recursos captados junto a instituições internacionais (em 2002, esse volume foi de R$ 72 milhões na primeira metade do ano).
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BANCO DO AGRICULTOR – Em parceria com a Fomento Paraná e a Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, o BRDE gerou aproximadamente R$ 8,9 milhões de contratos voltados a projetos do Banco do Agricultor. Os projetos com maior número de financiamentos são os de energia solar – seguido da pecuária de leite e biomassa.
O programa Empreendedoras do Sul, criado em 2021, teve investimentos no total de R$ 111,9 milhões no Paraná, sendo R$ 6,2 milhões neste primeiro semestre. Ele é direcionado a produtoras rurais e empresas de diferentes portes que tenham ao menos 40% do seu capital social de sócias mulheres.
“Os resultados do banco demonstram a capacidade do BRDE de se ajustar ao seu tempo, criando novas possibilidades de acesso ao crédito para incrementar negócios, serviços e investir em projetos alinhados à sustentabilidade social e econômica”, explicou o diretor administrativo do BRDE, Luiz Carlos Borges da Silveira.
AEN
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