Os professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram em uma assembleia feita na última quarta-feira pela suspensão da greve que acontecia desde o dia 12 de maio. De acordo com a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (Sesduem), a paralisação será por 30 dias. As aulas devem ser retornadas na instituição já nesta segunda-feira (12).
Desse modo, em um comunicado nas redes sociais, o sindicato que representa os docentes da UEM revelou que a proposta de carreira, que engloba modificação no piso e mudança de adicional de titulação foi enviada para a Casa Civil do Governo do Paraná. O movimento deve seguir o andamento da matéria no Governo do Estado. Caso não haja progresso em 30 dias, a greve pode ser retomada.
As assembleias ocorreram ao mesmo tempo nos sindicatos que retratam os docentes das 7 universidades estaduais do Paraná. A adesão ao fim da greve, contudo, não foi unânime. Até o momento, somente Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) decidiram pela paralisação do movimento.
Também em assembleias feitas na última quarta-feira, professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) optaram pela continuação da greve em todos os campos das instituições.
Consequentemente, docentes do ensino superior no Paraná reclamam perdas de reposição salarial, que conforme eles, chegam a 42%. Não existe reposição salarial para a categoria há sete anos. Neste ano, o governador Ratinho Junior (PSD) indicou com uma proposta de reposição de 5,79%, com pagamento previsto para agosto. Os sindicatos, porém, ainda não responderam a proposta.
Em todo o Paraná, são aproximadamente 87 mil alunos matriculados em universidades estaduais. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) disse que “tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo.”
Maynara Guapo
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