Início Policial Caso Evandro: TJ mantém condenação de Beatriz Abagge  

Caso Evandro: TJ mantém condenação de Beatriz Abagge  

O caso do garoto morto em ritual de magia negra na cidade de Guaratuba ocorreu há 31 anos, virou até série do Globoplay, mas continua ocupando grandes espaços na crônica policial do país. Esta semana teve mais um capítulo, que não deverá ser o último. Beatriz Abagge, que foi apontada junto com a mãe Celina como mandante, teve sua sentença condenatória confirmada esta semana pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Celina havia sido absolvida  em uma das muitas revisões do processo, devido à sua idade acima dos 70 anos.  A filha Beatriz foi condenada a 21 anos, cumpriu três em regime fechado e seis em prisão domiciliar. 

O julgamento feito esta semana pelo Tribunal de Justiça do Estado confirmou a sentença inicial de Beatriz, que havia denunciado tortura na Penitenciária para que ela e a mãe confessassem o crime que sempre negaram. Sua defesa anunciou que vai recorrer à terceira instância. Tem um trunfo: a carta do então Secretário de Justiça do Paraná, Ney Leprevost, reconhecendo em nome do estado, a tortura sofrida por mãe e filha na prisão. 

O caso Evandro Ramos Caetano ocorreu em 1992. O menino tinha seis anos de idade e desapareceu no trajeto entre sua casa e a escola, na cidade litorânea de Guaratuba, onde o marido de Celina e pai de Beatriz, Aldo Abagge, era prefeito.  O corpo do menino, reconhecido pelo pai, que era funcionário público municipal, foi encontrado em um matagal, totalmente desfigurado, após um ritual de magia negra. A decisão do TJPR, anunciada nesta quinta-feira , significa que o caso continuará  ocupando espaço na crônica policial do Brasil. 

Os executores Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos foram condenados  a pena máxima , mas já cumpriram suas sentenças. Um terceiro elemento envolvido na execução do crime macabro, identificado como Vicente de Paula, morreu de câncer em 2011.  

Redação JP
Foto – Arquivo JP

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