Todas as pessoas querem e buscam o reconhecimento e não raro, quando acontece alguma coisa negativa, elas têm duas opções, ou se abatem diante do fato ou redobram a sua vontade de vencer, superar as dificuldades.
Foi o que aconteceu com Akio Morita que após um pequeno incidente que muito o aborrecera com um garçom num restaurante de Amsterdã. Ele diz em sua autobiografia que esse episódio lhe dera forças para o seguinte pensamento: “ainda hei de inundar o mercado europeu com produtos da minha marca Sony“. A resposta você já sabe.
O mesmo Akio Morita estava assistindo um jogo no Japão e achou desconfortável segurar aquele rádio. Foi aí que ele teve a ideia de criar o walkman que tanto sucesso fez no mundo, não somente como rádio mas como aparelho de cassete inicialmente, depois CD, gerando comodidade e conforto para as pessoas e que ajudou a construir um futuro digital na música, Spotify e outras plataformas… Imagine quanto dinheiro rodou o mundo só por causa desta ideia. Pensar sai barato, não custa nada.
Isso nos faz refletir sobre os nossos desafios. Eles não residem em técnicas mas em posturas perante a vida. Sonhar é muito importante, é essencial para se manter motivado. Não somos obrigados a aceitar o que o destino nos reserva. Podemos decidir e reagir.
Ainda tem muita gente que, em nome de ter a cabeça no lugar, isto é, a cabeça e os pés no chão, criam uma verdadeira camisa-de-força na sua estrutura, engessando a possibilidade de melhores e maiores resultados. Falam muito em redução de custos (não que não seja necessário), cortam o cafezinho, alimentam os controladores, vigiam com rigor a hora de entrada e saída do pessoal, causam uma paralisia generalizada e esquecem o mais importante: o foco nos resultados.
Sonhar é inventar o futuro. Ao mercado eu sempre falo que sonhar é construir sempre o futuro. As nossas melhores convicções devem mostrar, pelo menos para muitos, que saímos de quase nada para muito mais do que imaginávamos e de que tudo não termina aqui. A vida continua. Quem quiser continuar competitivo no mercado, vai ter que continuar sonhando, motivando sua equipe e antecipando o imaginário do cliente.
Conta uma lenda da tradição sufi no oriente, que um homem fora condenado injustamente e colocado diante de um júri. Muitas coisas contavam contra ele, principalmente a indiferença daquele que iria julgá-lo. Quando o juiz perguntou o que tinha a dizer em sua defesa, o homem respondeu: – Sou inocente! Pois bem, disse o juiz, falam por aí que és um sábio. Vou dar-lhe a oportunidade de provar sua sabedoria e absolver a si mesmo. Escreverei em dois pedaços de papel os veredictos. Num pedaço de papel vou escrever inocente e no outro culpado e vou colocá-los sobre a mesa. Você usará sua sabedoria e escolherá um. Assim o veredicto dependerá de sua escolha.
Os presentes acharam justa a decisão do juiz. O que eles não sabiam é que o juiz escreveria culpado nos dois pedaços de papel. E assim foi feito. O juiz colocou os dois pedaços sobre a mesa e pediu ao homem que escolhesse um e que este seria o seu veredicto, escolhido por ele mesmo. O sábio homem percebendo algo estranho no juiz que não lhe inspirava confiança, pegou um dos pedaços de papel, enfiou-o na boca e engoliu.
O juiz, atônito, perguntou: – O que é isso? O que fizeste? Como vamos saber agora o que estava escrito no papel que você engoliu? O homem respondeu:- Reconhecendo a grandiosidade de meu julgador, basta abrir o papel que restou sobre a mesa e lê-lo, uma vez que em um estava o veredicto de culpado e no outro o de inocente. Bastará ler o que restou e saberemos que engoli o veredicto contrário do que engoli. Se estiver escrito inocente, então sou culpado e, se no papel que restou estiver culpado, então engoli aquele que me inocenta. Conta a lenda que o homem foi absolvido de todas as acusações.
No mundo de hoje, parece que tudo volta-se para crise, situações difíceis, resultados inexpressivos, mas na verdade são as pessoas que sabem pouco sobre o mercado e o motivo é simples, esse mercado é um camaleão, muda toda hora. Faremos diferença nele pela forma como vamos reagir a essas mudanças. O ponto decisivo é a nossa reação. O segredo é obter resultados incomuns de pessoas comuns. No Brasil ainda é muito visível você ser muito bom na inauguração e péssimo na manutenção, isso porque sonha-se muito e realiza-se pouco. Falta disciplina e essa transformação só vem com um desejo verdadeiro e desenfreado de vencer e assim, com trabalho e com vontade, constrói-se estratégias para a realização de resultados.
Há sempre uma saída, mas as saídas nunca estão prontas. Devemos muitas vezes fabricá-las com as ferramentas que possuímos. Nenhum mercado está pronto, devemos inventar não só um produto ou serviço, mas também criar um mercado para ele, mudar os hábitos das pessoas, inovar, recriar, aprender, desaprender e reaprender. Criar necessidades é a grande saída para gerar resultados. Na era da carroça, tudo estava tranquilo demais até que alguém chamado Ford inventou o tal carro e mudaram-se os paradigmas, as necessidades das pessoas. Quando alguma coisa diferente chega no mercado, mudam-se os hábitos, muda o cotidiano das pessoas. O que falar do mundo quem vivemos hoje? Terminando de ler esse artigo e você já está obsoleto em alguma coisa.
Devemos sempre estar prontos para exercer as mudanças, melhorando o que já existe e criando coisas novas, inventando o que ainda não existe. E, para atuar nesse novo mercado, necessitamos mais que conhecimento, competência e informação. Necessitamos de uma pitada de inspiração a cada novo movimento de nossa vida!
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
- Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros… compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.