O coordenador do Procon de Maringá, Flávio Mantovani, informou que o órgão aplicou à Companhia Paranaense de Energia (Copel) uma multa de R$ 4.781.111,11 milhões por fiação solta em vias públicas. Ele explicou que a multa é para obrigar a companhia a apresentar um cronograma de vistoria e, dessa forma, realizar a retirada dos fios soltos em diversos pontos da Cidade. A empresa recebe a autuação porque tem relação jurídica com a Prefeitura, mesmo os fios soltos serem, em grande maioria, de operadoras de telefonia e internet.
“É difícil andar na rua e não encontrar fios caídos que podem colocar a saúde do maringaense em risco, porque obviamente podem estar energizados. Existe casos inclusive de moradores subindo em postes para arrancar fios soltos. Como a Copel aluga os postes para terceiros, que no caso são as empresas de telefonia e o município não tem lucro, é responsável por parte do problema. Acredito que a Copel vai querer explicar e levar um cronograma de trabalho”, explicou Mantovani.
O diretor do Procon deixou claro que se o serviço não acontecer outra multa será aplicada. Sobre essa primeira multa, a Copel informou que foi notificada, porém não vai se manifestar. No início do mês, uma reunião entre Copel, Prefeitura e Câmara de Maringá tratou sobre o problema da fiação elétrica aérea e cabos soltos pelo município. O encontro definiu algumas ações que serão realizadas e também a mudança de postura no serviço prestado. A vereadora Ana Lúcia Rodrigues (PDT), que convocou a reunião, disse que todo fio dependurado, amarrado em poste ou caídos deverão ser retirados sem processo administrativo.
“Esse tema já vem sendo discutido há muito tempo, mas não avança. Vamos fazer encaminhamentos concretos. Um é que todo fio que tiver caído ou pendurado, a Copel não precisa de nenhum documento, ao ser acionada deverá resolver o problema fazendo a retirada. A população deve ligar no número 0800-5100-116 ou o 156 da Ouvidoria Municipal. Nesse contato vai informar a situação e a Companhia mandará uma equipe até o local”, explicou Ana Lúcia na época.
Ela ressaltou que o maior impasse é que os fios não são da Copel, mas das companhias telefônicas ou de internet que “alugam” os postes. É nesse ponto que o trâmite acaba atrasando, porque a Copel necessita notificar a operadora do que está sendo feito no local. Todavia, há uma legislação que obriga a remoção dos cabos e fiação aérea excedentes ou sem uso instalados por concessionárias que operam em Maringá. A partir de fevereiro, equipes contratadas vão atuar em 34 setores que a Prefeitura definiu como pontos mais urgentes e prioritários, retirando fiação que não está sendo usada.
Victor Cardoso
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