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O desafio de ser profissional

A formação educacional na universidade é apenas o início. O diploma já vem com carimbo ou autenticação de obsoleto. Quem não saca isso está lascado.

A vida me ensinou que ser profissional não é ser um corpo estranho no mundo. Ninguém pode ser um profissional pensando somente em seu trabalho. Na universidade aprendemos dicas como o profissional pode organizar o conhecimento e continuar aprendendo. Se não entender isso, estará lascado mesmo.

O pior é quando se desrespeita a INTELIGÊNCIA das pessoas, não importa o nível de desenvolvimento intelectual, econômico ou financeiro. O outro pode ser pobre ou rico, pode não saber o bê-á-bá ou ter quilos de diplomas pendurados na parede, pode ser homem ou mulher, não importa, estamos falando aqui que todo ser humano é sensível e portanto, essa INTELIGÊNCIA EMOCIONAL precisa ser respeitada e infelizmente testemunhamos muitos atentados nesse campo.

Eu gosto de comparar o desafio de ser profissional com a boa publicidade, ou seja, ela respeita as pessoas, não zomba delas e o melhor é que cumpre o seu papel de vender produtos e construir marcas. O profissional gera sentidos e significados compreendidos por um maior número de pessoas e esse é o desafio. Ter uma ideologia na profissão e esse paradigma dá sustentação aos resultados com pessoas felizes.

É igual o poeta e de alguma forma isso faz sentido, pois ele procura capturar o DNA de uma situação, de uma ideia, busca a síntese, fala muito em poucas palavras, gera o deleite e impressiona na engenharia misteriosa das palavras e versos. A nossa síntese existe, mas é diferente daquela da poesia. Nós, como profissionais, utilizamos de metáforas muito mais óbvias, mais temporais, mais facilmente inteligíveis. Em liderança, reside aqui a formação de equipes, com a utilização de raciocínios instantaneamente surpreendentes.

Em nosso paralelo, o profissional tem toda a energia voltada para o horizonte, novos mercados, atuais e novos clientes, ganhos financeiros, e olhando para trás, para o suporte, vê gente trabalhando, seja nas funções mais complexas, seja nas mais simples, seja na máquina de última geração seja no zelador que lima o pátio ou a senhora que faz o café.

Há quem desconsidere a realidade e advogue UM FALSO NOVO, muitas vezes por ignorância. Um dos problemas do desinformado é imaginar que algo é novo somente porque ele não sabe que já foi feito. Ele vê ineditismo onde não existe. Na verdade, no universo da vida profissional, na comunicação, não dá para dizer que algo é novo ou velho. A verdade é que o profissional geralmente é um grande contador de histórias, mesmo em tempos de mundo digital e tecnologia e isso sempre será fundamental, vai valer sempre e seja para uma conquista amorosa seja para um sucesso no mercado. É como você se comunica com o mundo. A palavra de ordem é se reinventar sempre, mas não perder o essencial nas relações humanas.

Desde cedo, considerei que podia usar meus talentos e conhecimentos. Se não estivesse ciente dessa inclinação, talvez não estivesse aqui escrevendo agora. Só sei que sei fazer o que faço e deixo as pessoas à vontade para cobrar desempenho e resultados. Afinal são bem mais de cinco mil palestras e alguns milhões de livros vendidos e isso me faz continuar na pista.

Essa é uma regra que vale para encanadores, eletricistas, médicos, engenheiros, advogados, atores, publicitários, jogadores de futebol, políticos, todo mundo… Diga o que pode e sabe fazer e atenda às exigências do seu público.

Aos mais jovens eu recomendo que exercitem a autocrítica, mas com  humor e treinem muito. Isso os deixa mais verdadeiros, menos deslumbrados, menos prepotentes, mais humildes e não precisam nem buscar psicanalista.

Durante muito tempo atribuí a minha juventude, em minha travessia adolescente, vendo outros assumirem comportamentos soberbos, quase insolentes. Isso mesmo, inclusive gente próxima, parentes chamados família. Mas viajando pelo mundo, vi que isso se repetia em todos os lugares e os mesmos tipos presunçosos, arrogantes, se achando o último biscoito do pacote. A conclusão foi: não importa o lugar, há sempre um chato que se julga detentor da exclusividade de algum saber, ou seja, um falso saber, desconectado da realidade, um futuro mau profissional.

Para finalizar, para mim a grande questão no Brasil é a verdadeira educação, seja formal ou informal. No meu vocabulário, pais educam, professores ensinam. Precisamos de professores do conhecimento e não militantes, alguns destes, tem deturpado a educação. E, com uma educação melhor, teremos profissionais mais preparados e críticos, também capazes de compreender as mudanças constantes e separar o joio do trigo.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com  Deus!

  • Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros…  compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.
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