Hada Mallar, de 22 anos, é finalista do 64º Prêmio Jabuti, na modalidade de contos, com a obra “A ilha dos sentimentos perdidos”. A obra foi publicada de forma independente, lançada na Festa Literária Internacional de Maringá (Flim) de 2021 sendo resultado de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). A próxima fase do prêmio será dia oito de novembro.
“Meu orientador do trabalho de conclusão de curso, Thiago Ramari, que acendeu a fagulha do prêmio em mim. Antes de qualquer outra pessoa ler o livro, ele me disse que eu precisava inscrevê-lo no Jabuti, mas sempre foi uma ideia utópica para mim. Quando chegou a hora fiz a inscrição sem saber muito no que se daria. Eu tento não ter muitas expectativas, porque já é uma honra estar entre os 10 melhores. Sou uma escritora iniciante, então eu entenderia totalmente se eu não chegar a ganhar o prêmio”, disse Hada.
A escritora explica que o desejo sempre foi fazer um trabalho que revertesse de alguma forma para a sociedade. O trabalho pensa em algumas minorias que precisam de atenção, como as pessoas com deficiência. Essa população, segundo ela, tem pouca representação nas artes, principalmente na literatura. Com base nisso, o livro é uma “proposta de intervenção” a essa pouca representatividade.
A pesquisa foi toda voltada a realidade dos PCDs e o capacitismo que eles sofrem no cotidiano. O lançamento do livro aconteceu através de uma vaquinha coletiva. O objetivo é que, com a visibilidade do prêmio, alguma editora se interesse pelo livro para distribuição.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução