O órgão encaminhou um ofício ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que a situação seja avaliada. De acordo com levantamento do Conselho Tutelar de Maringá, 1.096 crianças estão na fila de espera por uma consulta com médico neurologista. A ação foi realizada enquanto o município não cumpre a promessa de abrir um credenciamento de profissionais da rede privada para realizar as consultas encaminhadas, principalmente, pelas escolas; quando a instituição detecta alguma dificuldade na aprendizagem ou socialização da criança.
Em entrevista, o conselheiro tutelar Jesiel Carrara, explicou que a maioria dos casos é identificado por professores que realizam acompanhamento no desenvolvimento pedagógico do aluno. Algumas situações, como comportamento agressivo ou baixo rendimento escolar, podem desencadear a necessidade de fazer exames e diagnosticar o que está acontecendo. Segundo ele, “pode ser manifestação de autismo ou outras condições. Uma vez que a família passa pelo posto de Saúde e emite uma guia para a criança passar pelo neurologista, o paciente fica aguardando o atendimento e seguir com o tratamento indicado, caso haja necessidade.”
Ele reforça que passar por um acompanhamento neurológico infantil pode ser importante para o desenvolvimento da criança e adolescente. Preocupado em apressar e facilitar o serviço a essa parcela da população, o encaminhamento foi realizado para que a fila de espera seja analisada. Identificando, inclusive, se há violação dos direitos dessas crianças, assim como prejuízos coletivos. Próximo passo será a abertura de uma ação civil pública determinando o atendimento imediato com o especialista.
Sobre o assunto, a Secretaria de Saúde informou que vai abrir credenciamento de prestadores de serviços da área privada para realização das consultas; porém, a fila de espera para qualquer cirurgia especializada, no município, passa por um momento problemático sendo observado em todo o País. As consultas, segundo a Assessoria de Comunicação, continuam acontecendo aos que estão na fila e aos novos pacientes.
Victor Cardoso
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