Início Destaques do Dia Projeto multando quem acorrentar animais vai para sanção do Executivo

Projeto multando quem acorrentar animais vai para sanção do Executivo

Após ser aprovado em três discussões na Câmara Municipal, o projeto que prevê multa de até R$ 10 mil para pessoas que deixarem animais acorrentados será encaminhado para sanção do Executivo. De acordo com o autor do texto, vereador Flávio Mantovani (Solidariedade), a atual legislação não proíbe o tutor de manter um animal acorrentado, mas em muitos locais cachorros são encontrados amarrados, mesmo tendo casinha e comida. O objetivo é que a pessoa receba multa caso o fiscal encontre animal acorrentado na residência.

No último dia 30, os vereadores discutiram o projeto e tiraram dúvidas sobre o texto. Na ocasião Sidnei Telles (Avante) disse na descrição dizia que também não podem ser utilizados itens assemelhados aos usados para acorrentar; porém, quando o tutor sai com o animal, usa coleira que pode ser fabricada com materiais iguais, como corda, couro, entre outros. Essa e outras dúvidas foram sanadas no último encontro. Mantovani reforçou que a utilização de coleira e guia em locais públicos é questão de segurança para as pessoas, outros animais e o próprio PET, não sendo encarado como crime.

“Recebo quase que diariamente denúncias de situações de maus-tratos envolvendo pets acorrentados. Será nesse momento que o fiscal irá até o local e, encontrando a situação, vai notificar o tutor. Isso acontece num primeiro momento, mas haverá um retorno, uma investigação. Se a pessoa não mudar as condições do bicho, será multada em até R$ 10 mil. O ato de acorrentar pode ocasionar problemas físicos, tais como lesões de pele, no pescoço e pelo corpo, além de problemas psicológicos. Claro que existem situações que o morador vai precisar prender o bichinho e não terá problemas, como na hora de lavar uma calçada, um carro ou passeio. O que não podemos permitir é a prática corriqueira de manter pets acorrentados”, salientou Mantovani.

A conduta, ainda, representa um risco para o animal, afinal não são poucos os registros de cães que se enforcam ao ficarem presos em correntes e afins. O vereador argumenta ainda que “acorrentar um animal por longos períodos, além de ser considerado maus-tratos, é uma conduta desumana.” Com a aprovação do projeto e futura sanção do Executivo, Maringá adota medidas já praticadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outras localidades brasileiras desde o ano passado. Em alguns lugares também não é permitido que os animais fiquem em espaços que privem de sua livre movimentação, como gaiolas ou caixas; Maringá vai adotar essa conduta.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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