O texto do Projeto de Lei (PL) que regulamenta a utilização de food bikes para comercialização de alimentos e produtos em Maringá voltou para pauta e foi retirado na última sessão da Câmara Municipal. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Michel Felippe Soares, manifestou preocupação com a questão sanitária e concorrência desleal do projeto que tramita desde fevereiro. Diz acreditar que o número de ambulantes em frete aos comércios pode aumentar com a aprovação da ideia.
Segundo Soares, foi enviado um ofício para a Secretaria de Saúde e a Vigilância Sanitária com a intenção que sejam respondidos questionamentos importantes. Ressaltou que é preciso primeiro sanar as dúvidas para depois formar uma opinião sobre o assunto e continuar com a discussão do tema. Por sua vez, Sidnei Telles, autor do PL, a proposta é evitar irregularidades fiscalizando ambulantes.
“Precisamos mudar a cara da Cidade tendo carinho com as pessoas e proporcionando novos meio de ganho, de forma que não crie uma poluição visual e riscos. Você vai em qualquer colégio, qualquer estabelecimento e chega alguém com um monte de queijo, um monte de coxinha para vender e não tem fiscalização para isso”, disse o vereador.
O parlamentar deixa claro que o objetivo é que os vendedores comercializem produtos nos carrinhos que poderão transitar pelo município, justamente evitando os irregulares. Telles esteve em reunião com integrantes da Associação Comercial e disse entender a preocupação da mesma, mas não concorda com o atraso na decisão. Dessa forma foi feito um substitutivo estabelecendo os lugares onde os veículos podem ficar, a criação de limites, licenças sanitárias, alvará para funcionamento e autorização de ponto.
“Eu discordo de alguns questionamentos, porque precisamos fiscalizar os ambulantes e proporcionar novos meios de ganho. Isso já acontece em outras localidades e foi uma forma correta de lidar com a situação. Acho um equívoco que a gente impeça que as coisas sejam regularizadas, e o que vai acabar acontecendo é a irregularidade”, concluiu o vereador.
Victor Cardoso
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