O professor “Guiga” foi espancado no centro da Capital por três ladrões em plena luz do dia em 13 de março.
A morte do professor Aguinaldo Cavalheiro de Almeida, conhecido por “Guiga” foi anunciada ontem pela direção do Hospital Cajuru onde ele estava internado. O assalto ocorreu quando o professor de Filosofia andava de bicicleta no Passeio Público e foi abordado por três homens que após tomar-lhe a bicicleta e a mochila o agrediram com extrema violência. Alunos do professor acham que não foi um assalto, mas um homicídio, provavelmente provocado por um grupo de neonazistas. Mas é como assalto que o caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
Aguinaldo Cavalheiro, de 48 anos, que também era músico, trabalhou muitos anos em Maringá e ultimamente lecionava Filosofia no Instituto de Educação do Paraná, na capital do Estado. Aqui em Maringá ele foi também locutor da FM 106.9, a rádio da UEM. Quando foi atacado pelos ladrões, ele ainda teve forças para correr até uma lanchonete nas proximidades e pedir socorro. Frequentadores avisaram a polícia e acionaram o Samu, que levou “Guiga” para o Hospital do Cajuru, de onde não saiu mais.
A agressão do professor causou comoção no Instituto de Educação do Paraná. Ainda em março um grupo de estudantes se reuniu no centro de Curitiba para protestar contra o crime e reivindicar mais segurança na Capital. O professor e músico será sepultado no Mato Grosso do Sul, onde mora sua mãe. “Era um professor que tinha uma luz incrível, um homem que com grande amor pela vida. Nunca foi agressivo e fazia questão se se identificar como um boêmio, que adorava morar na filosofia”, disse o professor Augusto Martins, colega de “Guiga”. Os assassinos continuam soltos.
Redação JP
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