Maria Luíza Cavalheiro, mãe do professor de filosofia Aguinaldo Cavalheiro de Almeida, o “Guiga”, que morreu mais de dois meses após ser espancado em Curitiba, pediu justiça ao falar pela primeira vez ontem sobre o crime. “Foram mais de dois meses de sofrimento, desde a entrada do Aguinaldo no hospital até a sua morte”, disse a mãe em entrevista a emocionada . Ela carrega um sentimento de revolta, mas seu desejo, quase obsessivo, é que os assassinos sejam presos e que se faça justiça.
Maria Luiza mora em Dourados (Mato Grosso do Sul) e encontra-se na capital paranaense desde que o filho foi morto num suposto assalto no centro da capital. Alunos do Instituto de Educação do Paraná, onde “Guiga” passou a lecionar filosofia após deixar Maringá, onde trabalhou também como locutor da rádio da UEM, suspeitam que não teria sido um latrocínio (roubo seguido de morte). Eles andaram protestando em frente a escola e aventaram a hipótese de ter havido um homicídio, com fortes conotações homofóbicas.
“O que eu estou passando só Deus sabe. Eu quero justiça para esses assassinos. Meu filho saiu de casa, com saúde, não tenho palavras. (…) Só justiça para confortar meu coração“, disse a mãe do professor, musico e radialista, em entrevista ao portal de notícias Banda B. As agressões à “Guiga” ocorreram dia 13 de março no passeio público da capital, onde ele faleceu na madrugada de quarta-feira, após mais de dois meses internado no Hospital Cajuru.
Redação JP
Foto – Banda B
