A operação da Polícia Civil foi desencadeada ontem em Maringá onde os agentes prenderam sete pessoas e cumpriram mais de 40 ordens judiciais de apreensão e sequestro de bens.
O golpe consistia em abertura e fechamento de empresas, geralmente em nome de “laranjas”. Com isso, os suspeitos driblavam o fiscos estadual, fugindo do pagamento de tributos. Em muitos casos, as empresas fantasmas eram usadas também para a obtenção de empréstimos em instituições bancárias, que nunca eram pagos. Ao todo, foram cumpridas 46 ordens judiciais. Os policiais coletaram provas contra a quadrilha em vários pontos da cidade, onde apreenderam documentos, computadores e carros de luxo. Entre as ordens expedidas pela Justiça estava o arresto de um imóvel.
O grupo criminoso atua há pelo menos oito anos, segundo o que foi levantado pelas investigações da Polícia Civil do Paraná. Neste período foram abertas dezenas de empresas em nome de “laranjas. Os suspeitos fechavam as organizações assim que os impostos eram cobrados pela Receita e imediatamente abriam novas, com outros CNPJs.
Com o esquema, o grupo deu um prejuízo de R$ 12,5 milhões aos cofres públicos, fora o calote em instituições bancárias, nas quais conseguiam empréstimos para aquisição de bens, geralmente capital de giro. Faziam isso usando a documentação das empresas fantasmas. Os suspeitos devem então, ser indiciados por associação criminosa, falsidade ideológica, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.