A integração de novos membros , inclusive menores, estava sendo feita por meio de cadastramento, em Marechal Cândido Rondon, Rolândia e Mandaguari, município da Região Metropolitana de Maringá.
Para desmontar o esquema a Polícia Federal cumpriu ontem vários mandados de busca e apreensão nas três cidades citadas. Um grupo de pessoas, ligadas a uma facção criminosa, fazia as atualizações cadastrais de delinquentes a serem incorporados à organização, com atuação em todo o país. Foram cumpridos dois mandados em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, um em Mandaguari e outro em Rolândia. De acordo com a PF, os suspeitos mantinham e atualizavam dados pessoais dos inscritos, utilizando para isso planilhas de aplicativos.
Do jeito que o cadastramento era feito, ficava fácil para os chefes do crime organizado identificarem as pessoas que eles usavam em ações criminosas, em diversos estados brasileiros. Para o delegado Marco Smith, os bandidos tem grande capacidade de organização. “ Cada um dos registros individuais mostram o nome da pessoa, o apelido, os seus padrinhos na organização, qual é o local de origem dela, presídios por onde passou, se há uma punição disciplinar contra essa pessoa criminosa e função dela dentro da organização”, disse o delegado da PF.
Entre outros alvos foi identificado como integrante do grupo investigado, um dos responsáveis pelo assassinato do agente de Polícia Federal Edson Matsunaga, morto em confronto na cidade de Curitiba há 11 anos. A Operação Register , desencadeada no Paraná nesta terça-feira contou com a ação de cerca de 30 policiais federais. Além de documentos, foram apreendidos armas de fogo, drogas celulares, mídias e documentos.
Redação JP
Foto – PF