Um levantamento divulgado pelo 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que atuam em 58 municípios da região noroeste do Paraná, apontou que, somente este mês, foram registradas 75 situações de incêndios ambientais em Maringá e Sarandi. Num comparativo com julho de 2020, quando foram 38 ocorrências, o crescimento é de 97,37%. O recorde de 2021 aconteceu em abril quando as duas cidades registraram juntas 231,75% mais incêndios em relação ao mesmo mês no ano passado. No total foram 209 incêndios este ano, contra 63 em 2020.
O relatório ainda mostrou que os incêndios ambientais já destruíram mais de 4 milhões de metros quadrados de área e de vegetação da região noroeste, em julho; foram 692 registros até o momento. Na região o aumento é de 53,85% num comparativo com o mês em 2020. Em abril o aumento chegou a 88,03%. O Grupamento dos Bombeiros também informou que já foram utilizados 955 mil litros de água no combate às chamas.
“Em relação ao período que estamos vivendo, é de estiagem. Passamos por duas geadas recentemente, seguido dessa estiagem, o que resseca a vegetação e favorece muito aos incêndios ambientais. Existe risco tanto para a vida de animais quanto de pessoas, propriedades, e lembrando também que é crime ambiental. Existem pessoas que têm o péssimo hábito de limpar terrenos ateando fogo. A gente sempre pede para as pessoas tomarem cuidado com bitucas de cigarro, garrafas de cerveja jogadas no mato que, em contato com o sol, pode gerar como se fosse o efeito de uma lupa e iniciar um foco de incêndio”, explicou o tenente André Bueno, em entrevista para Rádio CBN Maringá.
Victor Cardoso
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