A estrutura do Hospital da Criança de Maringá está montada e parte dos equipamentos instalada. Porém, de acordo com o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto, mesmo que obra avance e seja totalmente finalizada, corre o risco de não ter condições de realizar todas as operações. Isso seria por conta do alto custo mensal que o Hospital deverá ter. Durante visita em Maringá, ele frisou que o Governo Federal precisa dar aporte.
“O Hospital da Criança é uma administração ligada ao Ministério da Saúde, Prefeitura e o Governo do Paraná participa das discussões. As negociações não foram interrompidas, mas para que possa funcionar efetivamente precisamos que o custeio seja compartilhado entre as esferas. Da maneira como está sendo tratado, o custeio do hospital pode ser de R$ 5 milhões a R$ 12 milhões mensais, dessa forma devemos conversar e chegar à conclusão de quais serão as fontes pagadoras. Caso contrário a obra será finalizada e não terá como operacionalizar”, disse Preto.
O hospital tem o objetivo de atender crianças em tratamento de câncer em um centro de pesquisas de doenças raras. Até o momento foram empregados R$ 129 milhões na obra que começou em 2018. O secretário não passou detalhes das negociações, mas disse que o assunto já vem sendo tratado com o Ministério da Saúde.
“O município sozinho, com orçamento próprio, não tem condições de bancar R$ 12 milhões por mês, tampouco o Governo do Paraná. O Governo Federal, grande articulador do projeto, tem que somar esforços para construir a solução; tudo isso já está sendo conversado entre as partes envolvidas. Claro que precisamos lembrar sempre o momento que passamos e as dificuldades que ficaram ainda maiores”, concluiu o secretário.
Victor Cardoso
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