O secretário de Saúde de Maringá, Marcelo Puzzi, informou que cerca de 1,9 mil maringaenses estão mais de 10 dias de atrasados para receberem a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Para atender todos as pessoas que têm direito a última etapa da imunização, a Secretaria,
de Saúde mantém diariamente a aplicação nos pontos de vacinação e vem realizando mutirões. Lembrando que não se deve deixar de tomar a segunda dose por que somente dessa maneira o imunizante faz efeito.
A maioria das vacinas utilizadas contra a Covid-19 usa duas doses para imunização. CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), precisam das duas doses, em intervalos diferentes, para que o esquema vacinal seja completo. A única exceção, até o momento, é o imunizante desenvolvido pela Johnson&Johnson, que utiliza apenas uma dose.
Especialistas explicam que a primeira dose provoca um estímulo da resposta do sistema imune. Quando se toma a primeira dose, o imunizante provoca a produção de anticorpos. Porém, há necessidade de reforço responsável pela completa produção de anticorpos, deixando a pessoa imune por mais tempo. Assim a eficácia da vacina se torna maior, melhor e mais duradoura. As pesquisas ainda não mostram o que pode acontecer com quem toma apenas a primeira dose. Há probabilidade ainda de, em caso de infecção, ter a doença na forma grave chegando a óbito.
“Mesmo fora do prazo é preciso completar a imunização para obter uma boa resposta imune. A vacina não protege só quem se vacina, ela cria uma barreira na comunidade, diminuindo as possibilidades de alguém se infectar. Quem deixou de tomar a segunda dose deve ir ao posto de vacinação. Quanto antes, melhor. De forma geral, a segunda dose é importante para alcançar uma melhor proteção. Quanto mais tempo você demorar, de certa forma isso está fragilizando sua proteção”, alertou o presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi.
Segundo Sáfadi, as duas doses são importantes para controlar a pandemia. Ele diz que “é preciso garantir o maior número de pessoas imunizadas por completo; só assim haverá a imunidade de grupo. Quando chegar ao menos 70% da população com duas doses recebidas, a normalidade estará mais próxima de acontecer.”
Das vacinas existentes, a CoronaVac é aplicada num intervalo entre 14 e 28 dias; já os imunizantes da AstraZeneca e Pfizer exige uma espera de três meses da primeira para a segunda dose.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução