O delegado da Polícia Civil e vereador em Maringá, Luiz Alves, e um agente , voltavam de uma investigação quando se depararam com dois homens atirando contra um porteiro, de 45 anos, perto do Conjunto Santa Felicidade. Foi na Avenida Guedner, próximo ao Contorno Sul, sábado no início da noite. Os policiais tentaram evitar o crime, mas os dois assassinos reagiram atirando contra a viatura, descaracterizada como é praxe da ação investigativa da PC. A vítima é Nivaldo Antônio dos Santos, conhecido por “Sapão”, que tinha acabado de sair do trabalho em um condomínio e se dirigia para sua residência no Jardim Tarumã.
Antes de segui-lo os bandidos foram vistos parados nas proximidades do local do crime, ouvindo música e tomando cerveja. A dupla atirou no porteiro pelas costas e com a vítima já no chão, um dos atiradores disparou várias vezes. Nivaldo morreu com 20 tiros em várias partes do corpo, conforme laudo do Instituto Médico Legal. O delegado e o agente trocaram tiros com os bandidos, que fugiram e foram perseguidos. Ao atingirem o Residencial Ipanema, os dois homens abandonaram o Gol preto e fugiram a pé. Um deles deixou para trás a carteira de habilitação e um celular.
O RELATO DO DELEGADO – “Nós estávamos fazendo uma investigação no bairro e quando passamos o viaduto presenciamos os indivíduos em um gol preto derrubando a moto com o carro. O indivíduo da moto caiu e eles iniciaram os disparos contra ele. Nós estávamos de frente para a situação, paramos, tentamos verbalizar para impedir aquela injusta agressão e fomos rechaçados também com tiros. Iniciou-se um confronto, uma intensa troca de tiros entre nós e os marginais. Eles estavam numa vantagem porque estavam barricados atrás do carro. Eles conseguiram entrar no carro pelo lado do carona e fugiram. Nós entramos no nosso carro e tentamos perseguir por um tempo e eles praticando diversas barbaridades no trânsito e aí num determinado momento tivemos que frear esse carro porque nos preocupamos com pedestres e com o trânsito. Foi aí que eles ganharam um pouco de distância e conseguiram abandonar o carro e fugir a pé”, disse o delegado Luis Alves.
Os moradores do condomínio relataram que o porteiro não tinha vício e nem ficha na polícia. Era casado, tinha filhos e pelas informações que o síndico disse ter, tratava-se de um funcionário exemplar e de passado limpo. Isso torna o crime ainda mais intrigante para a Polícia, que tenta identificar os assassinos a partir de impressões digitais deixadas no veículo abandonado, da imagem de uma câmera de segurança , do aparelho celular e a carteira de habilitação deixada no veículo.
Redação JP
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