As forças de segurança dos estados mais atacados, como o Paraná, tentam desmontar as quadrilhas, que pelo que indicam as investigações têm ligações com facções criminosas, principalmente o PCC. Os ataques são chamados por policiais de “novo cangaço”, alusão ao histórico bando de Lampião. Os bandos tem atacado mais em cidades pequenas do interior, onde a presença da polícia não é tão forte quanto nas cidades médias e grandes. Foi o caso de Floraí em dezembro último , quando bandidos aterrorizaram a população de madrugada com explosões de caixas eletrônicos de duas agências bancárias da cidade. Mais recentemente, ação parecida ocorreu em Cambará, Norte Pioneiro do Estado. Anterior a esses dois casos, haviam sido atacadas agências de Paranacity e Andirá.
Dos dez municípios atacados recentemente no país pelo “novo cangaço” , apenas um é uma cidade grande (Salvador). Os demais têm população inferior a 100 mil habitantes. Geralmente são ações violentas, quando os bandidos usam armas de grosso calibre (em sua maioria fuzis, submetralhadoras e pistolas), coletes balísticos e grande quantidade de munições e explosivos. As armas, como já detectou a inteligência da Polícia Civil do Paraná, são fornecidas pelo tráfico. Traficantes internacionais e nacionais são responsáveis por fornecer fuzis, cartuchos e dinamites a esses grupos criminosos.
Entre os dias 5 a 16 de abril desse mês, foram cerca de dez ataques em cidades pequenas do Paraná, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Além de explodirem caixas eletrônicos ou cofres, os bandidos encapuzados chegam a usar reféns, em alguns casos, para impedir a aproximação da polícia. Depois libertam as vítimas e fogem com o dinheiro roubado.
Redação JP
Foto – Arquivo JP