Em tese, ontem foi o último dia para negociar o reajuste salarial e as pautas de reivindicação dos servidores municipais de Maringá. Depois de uma pressão por parte do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar), houve uma reunião com a Prefeitura; mesmo assim nada foi definido. Uma assembleia virtual no sindicato começou no dia 30 e segue até dia cinco de abril para definir os rumos da Campanha Salarial 2021.
“Ainda estamos negociando, não fechamos o canal de conversa. O que aconteceu foi uma demora do próprio Prefeito Ulisses Maia em se posicionar. Depois da vigília de sexta-feira no Gabinete, tivemos uma reunião e houve compromisso de enviar um ofício para que os servidores fizessem assembleia apreciando a proposta da administração. Lembrando que a campanha não é apenas questão financeira, temos situações administrativas que não exige dinheiro; o assunto é amplo e diversificado. Mesmo assim, o Poder Público não se posicionou em nenhum quesito. Falta o Prefeito cumprir o que sempre diz que é olhar pelo servidor e lutar pelos direitos dos trabalhadores do município”, disse a presidente do Sismmar, Priscila Guedes.
A resposta do Prefeito foi que não é momento para tratar o reajuste percentual de 6,22%. Ele estabeleceu um prazo limite até 30 de junho, quando acaba o estado de calamidade pública, em função da pandemia. O Sismmar rebateu que tem direito ao reajuste, uma vez que os trabalhadores estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus.
Construído pela categoria durante a Campanha Salarial 2021, o documento foi entregue a diversos secretários municipais, com presença da direção do sindicato e da Comissão de Negociação formada por servidores escolhidos. A partir daí as solicitações começaram a ser em caráter de urgência.
CAMPANHA
Essa foi a primeira campanha em caráter virtual, o número de reivindicações
apresentadas superou significativamente a média de participações dos outros anos, em encontros presenciais. Após sete dias de formulário aberto, foram contabilizadas 539 ideias para inclusão em pautas gerais ou específicas da cada secretaria.
Como pedido para todas as pastas é cobrada: reposição salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); reajuste anual do vale alimentação e redução da contrapartida; bônus para aposentados; abertura de concurso público e fim da terceirização; revisão do serviço de atendimento de saúde dos servidores, o Sama, com aumento na cobertura e abertura para inclusão de dependentes; auxílio transporte em dinheiro; cesta básica para ativos e inativos; redução dos cargos comissionados; licença-paternidade de um mês; revisão da lei do assédio moral para aumentar eficácia e punibilidade dos assediadores; prestação de conta anual da Maringá Previdência; e reelaboração e implementação imediata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do quadro geral e magistério.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
