Em fevereiro deste ano, Ulisses Maia foi até a Câmara Municipal e apresentou quatro projetos de Lei do Executivo. Dentre eles, o 15.820/2020 que reserva 15% das vagas de concursos públicos para pessoas que se declaram negras ou pardas. Na manhã de ontem houve a primeira discussão na Câmara Municipal e os vereadores aprovaram o projeto por 10 votos.
“O projeto é humanitário e de grande alcance social. Veio para contribuir na redução da desigualdade racial. Em Maringá 23% da população se identifica como negra ou parda. Muitas pessoas podem ser beneficiadas. Não é uma iniciativa nova, outras cidades possuem o tipo de cota. Enxergamos aqui como um avanço para o município, maneira de reparar tantas injustiças. Entendo que o projeto é bom, mas precisa de ajustes como a determinação do mínimo de vagas especificadas até em concursos menores, quando há poucas oportunidades”, disse Marivânia Conceição Araújo, Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (Neiab)
Somente dois vereadores votaram contra o projeto: Rafael Rosa (Pros) e Cris Lauer (PSC). Os dois também votaram contra a lei de indenização das famílias de servidores da área de saúde que faleceram na linha de frente da pandemia. Mais uma vez, a posição contrária não foi esclarecida.
Victor Cardoso
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