Diversas entidades sindicais, da educação e movimentos sociais de Maringá organizam, para este sábado, um manifesto com o objetivo de mostrar a indignação diante de cenas de violência contra angolanos no município. O ato “Maringá Contra Xenofobia e o Racismo” será a partir das 15 horas na praça da Catedral e visa deixar claro que essas duas práticas não podem ser toleradas sob qualquer pretexto.
No documento oficial sobre a manifestação, os organizadores explicam que, por conta da pandemia do novo coronavírus, é obrigatório seguir todas as recomendações de prevenção. Mesmo com o evento ao ar livre, o distanciamento precisa ser praticado. Todos os participantes devem estar usando máscara e levar o próprio álcool gel para higienização constante.
O caso está sob investigação da Polícia Civil e Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais de Maringá, do Ministério Público do Paraná (MPPR). O consulado da Angola no Brasil deve estar na Cidade, nos próximos dias, para acompanhar os desdobramentos.
“As cenas registradas no final de semana passado mostram dois jovens sendo brutalmente agredidos no interior de uma cervejaria, inclusive por seguranças de uma conveniência. O registro das câmeras ganha contornos ainda mais violentos diante de ofensas de cunho racial e xenofóbico proferidas pelos agressores. Com os vídeos alcançando repercussão em nível nacional ao longo da semana, os maringaenses buscam denunciar os atos de intolerância, até mesmo pelas redes sociais com diversos ataques à negros e a angolanos e haitianos”, diz trecho do comunicado.
Ao longo do protesto, onde a recomendação é que todos usem roupas pretas, estão previstos debates sobre o tema e também apresentações culturais.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução