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Macron anuncia confinamento na França

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (28) que o país voltará ao confinamento na próxima sexta (30), numa tentativa de conter a segunda onda do novo coronavírus, que vem atingindo com força o país nas últimas semanas.

Em pronunciamento na televisão, ele explicou que a medida vai durar pelo menos 30 dias, mas será menos restritiva que a adotada em março, no início da pandemia. O objetivo, afirmou o presidente, é “tentar frear bruscamente o contágio”, para evitar o colapso do sistema hospitalar.

“A França nunca deixará centenas de milhares de seus cidadãos morrerem, esses não são nossos valores”, escreveu Macron em sua conta no Twitter, minutos após o pronunciamento.

Macron disse que o confinamento vai durar até 1º de dezembro, no mínimo, e oediu responsabilidade dos cidadãos para frear a segunda onda que “será mais dura e mortífera que a primeira”.

“O vírus atualmente circula na França com uma velocidade que nem as previsões mais pessimistas poderiam antecipar. Precisamos reconhecer que, como outros países vizinhos, estamos assolados pela aceleração repentina da pandemia”, explicou.

Confinamento menos restrito

O presidente também explicou que as escolas continuarão abertas e que irá incentivar o trabalho remoto de forma mais intensa. Visitas a casas de repouso e clínicas estarão autorizadas, pelo menos no primeiro momento.

“As fábricas, atividades agrícolas e obras públicas seguirão funcionando. A economia não deve parar nem derreter”, completou ele. Comércios e estabelecimentos considerados “não essenciais” e que deverão permanecer fechados incluem bares e restaurantes.

Macron destacou que as fronteiras internas da França no espaço europeu seguirão abertas e as externas, de territórios ultramarinos, seguirão fechadas. Franceses que estejam no exterior poderão voltar e serão testados, assim como todos os viajantes que entram no país.

O governo francês irá avaliar quinzenalmente a evolução da pandemia e decidirá, caso necessário, sobre a aplicação de novas restrições em caso de piora ou o relaxamento das medidas, caso o quadro melhore.

Foto  – Reprodução

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