Se não podem impedir novos contratos de pedágio, os deputados estaduais trabalham para – pelo menos – se isentarem da culpa que recai sobre as autoridades que proporcionaram o modelo extorsivo atual. O esquema criminoso que durante 20 anos impôs tarifas leoninas, faltou com obras previstas e distribuiu e polpudas propinas não deverá repetir-se.
Após a reunião da Frente Parlamentar realizada ontem, o coordenador, deputado Arilson Chiorato, defendeu total transparência na modelagem dos novos contratos de pedágio. Começa pela publicação de uma carta aos paranaenses sobre os novos modelos propostos pelo Governo Federal, responsável pelas licitações.
Também foi aprovada proposição do deputado Evandro Araújo para que o procurador-geral do MP do Paraná providencie a fiscalização do encerramento dos antigos e da implantação dos novos contratos. Pela comissão o deputado que fará o acompanhamento será o maringaense Homero Marchese.
Como o preço do pedágio encarece as produções agrícola e industrial, as federações desses setores estão diretamente envolvidas na nova licitação que abrangerá 4,1 mil km de estradas paranaenses. A FIEP defende um modelo de tarifa que dê maior benefício para o usuário, não para o concessionário.
Para essa federação, a grande discussão no momento é saber qual o teto de valor da tarifa proposta pelo governo federal em cada praça de pedágio. E não abre mão de um desconto de 50% sobre os valores cobrados atualmente. Por exemplo: praça onde o valor cobrado é R$ 20, precisa diminuir para R$ 10.
Repercute negativamente o “adesivaço” promovido no sábado para promover a reeleição do prefeito Ulisses Maia. Videos nas redes sociais mostram pessoas reunidas, muitas sem máscaras, inclusive crianças.
Empresários da área de eventos impedidos de trabalhar em nome da segurança contra a pandemia não gostaram das postagens. Reclamam que eventos políticos começam desprezando as limitações, colocando em risco inclusive crianças proibidas de estudar devido a proibição de aglomerações.
Se pode ser feito aos poucos, promovendo anúncios e inaugurações festivas a cada eleição, por que fazer tudo de uma vez? Pelo visto esse modelo “novela da Rede Globo” foi o adotado para a duplicação da fatídica rodovia PR-323 a partir de Maringá.
O pedacinho entre Maringá e Paiçandu demorou mais de 10 anos e tem vários “pais” políticos. Está nos “finalmentes” os 20 km do trecho até Dr. Camargo, agora anunciam R$ 55 milhões para duplicar – mais 6 km – até 1 km antes do Rio Ivaí. Quando passarem o rio – longe ainda do final da rodovia – tudo o que foi feito já precisará de reparos.
Um garoto de Maringá e sua “proposta comercial” para comprar uma casa para a mãe viúva viralizou nas redes sociais compondo uma história para chorar e rir. E tanto fermentou que conseguiu inesperado resultado e até reportagem no Fantástico do último domingo.
João Bernardo, de 10 anos, fez proposta a corretor de imóveis para comprar a casa de R$ 110 mil com o dinheiro que ele pode conseguir com sua mesada: R$ 50 por mês. Não atentou para o prazo necessário para saldar – sem juros e correção – a compra: mais de 183 anos.
Pessoas sensibilizadas – como o corretor que divulgou a “proposta” – se mobilizaram, promoveram uma vaquinha e anunciam um valor que já teria sido arrecadado, superior a R$ 200 mil. Virou assunto para o Fantástico que agora com certeza deve acompanhar o caso até o desfecho, a compra da casa tão sonhada.