Início Maringá Hospital da Criança de Maringá tem 80% da estrutura finalizada

Hospital da Criança de Maringá tem 80% da estrutura finalizada

A obra do Hospital da Criança de Maringá, com projeto desenhado em 2017, atingiu 80% de conclusão e a entrega da estrutura de 24,2 mil m² está prevista para outubro deste ano, de acordo com o Governo do Estado. É um investimento de R$ 124 milhões, parceria do Governo Estadual e Governo Federal, além de US$ 10 milhões da Organização Mundial da Família (OMF), totalizando cerca de R$ 150 milhões.

“O Hospital da Criança de Maringá é uma conquista do Paraná. Ele vai atender toda a demanda do Noroeste, Norte e Norte Pioneiro, além de ser referência nacional no atendimento especializado. É um projeto de proteção da vida, das famílias, e um dos maiores hospitais do País. Ainda restam R$ 9 milhões de um investimento gigantesco. O Governo do Estado entrou como parceiro nesse projeto”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O terreno do hospital tem 88,6 mil metros quadrados, abrigando 13 blocos conectados por um grande corredor central. Serão 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas alas pediátrica e neonatal, 124 leitos de internação, centro cirúrgico, um hospital-dia (com 12 leitos e espaços para tratamento de hemodiálise, recuperação pós-anestésica, três salas de pequenas cirurgias, quimioterapia, sala de infusão e anestesia), um centro de especialidades (com consultório odontológico e outras 28 salas dedicadas a atendimentos diversos em dermatologia, cardiologia, oftalmologia, fonoaudiologia, psiquiatria, entre outros), duas recepções, laboratório, centro de imagens e uma ala de ensino e pesquisa.

O laboratório, por exemplo, terá alas para pesquisa em biologia molecular, hematologia, micologia, virologia, parasitologia, citologia, macroscopia, microscopia, sala de laudos e necropsia. O Centro de Imagens incluirá ressonância, endoscopia, tomografia, raio-x, sala de laudos, fonoaudiologia, recuperação, eletrocardiograma, ecocardiografia, ecografia, eletromiografia, pneumologia, alérgicos, eletroterapia e sinisioterapia.

A ala de ensino e pesquisa vai abrigar biblioteca, duas salas de aula, auditório e sala de simulação realística. O local deve ser ocupado por pesquisadores e acadêmicos das universidades públicas e privadas da região Noroeste. A recepção de internação terá um piano, brinquedoteca e um espaço ecumênico para os familiares e amigos de pacientes.

“São quase 180 leitos no geral para atendimento de todas as especialidades, doenças raras, além de ensino e pesquisa. É um desenho arrojado. É uma conquista para o Paraná. Acreditamos que o início de algum tipo de atendimento já aconteça este ano e inauguração definitiva de todos os espaços em 2021”, afirmou o secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto.

O hospital será entregue com móveis, camas, computadores, equipamentos e insumos, e a Unapmif também disponibilizará treinamentos de fluxo de trabalho para as equipes que vão assumir o dia a dia dos corredores. A Prefeitura deve passar a gestão para alguma organização especializada nesse tipo de atendimento.

Com o complexo de Maringá, o Estado será a principal referência da Região Sul em procedimentos complexos para crianças, com os hospitais Erastinho e Pequeno Príncipe. Essa é a maior obra da OMF no Brasil e espelho de um projeto feito no Líbano, no Oriente Médio, e em Brasília, no Distrito Federal. O Hospital da Criança de Maringá será a 12ª obra inaugurada da entidade no País.

“Fizemos um grupo de trabalho com a Secretaria Municipal de Saúde para levantamento das ideias e colocamos isso dentro de fórmulas. A partir disso criamos uma proposta arquitetônica e voltamos a conversar. Em seguida o projeto foi aprovado e encaminhado para o escritório da organização nos Estados Unidos. A segunda etapa foi a fabricação das peças e uma nova compatibilização. Uma fábrica produziu, um grupo trabalhou na montagem, outro na codificação. Nossos projetos são como legos, planejados nos mínimos detalhes. Eles seguem uma lógica de produção e montagem que facilita a construção e a futura manutenção”, lembrou a médica Deisi Noeli Weber Kusztra, presidente da OMF que investiu US$ 10 milhões no projeto.

Redação JP
Foto – Reprodução

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